VOU EMBORA PRO PASSADO, LÁ SOU AMIGO DO REI.

Hiram Souza
3 min readApr 29, 2024

Meus amigos e amigas nesta fase do Brasil, gostaria de mudar para Passargada, mas lá está o Manoel Bandeira, dizendo tudo que eu pretendia fazer por lá, portanto sobra pouco espaço para o que eu que gostaria de fazer se lá estivesse.

Assim, sou obrigado a ir para o passado, onde vi e aprendi que existiam governos e pessoas preocupadas com o futuro do País que vivem, eles e seus conterrâneos, onde todos viviam relativamente em paz, tinham alguma segurança e onde podiam dizer o que pensavam, sem medo de serem presos ou terem seus perfis retirados das redes sociais e onde, principalmente, a Constituição era respeitada.

Creio que alguma coisa aconteceu no decorrer desses últimos anos em que o interesse geral passou a ser a pessoa e somente ela, o resto: o coletivo ou a Sociedade, que se lasquem. Estamos vivendo num período em que os interesses coletivos foram colocados de lado em prol dos interesses pessoais e pior, quem coloca os interesses pessoais acima dos coletivos são as nossas autoridades. Aqueles que escolhemos com nossos votos para nos representar.

A covardia, o medo, a falta de comprometimento com o futuro têm calado a Sociedade, que atônita está vendo a justiça do Brasil ser levada para a pratica de uma justiça seletiva, onde os amigos do rei podem tudo e para os demais, sobra a dureza da Lei.

“Em Passargada, tem tudo. É outra civilização, tem um processo, seguro de impedir a concepção.” Disse Manoel Bandeira, provavelmente antevendo um período em que a concepção dos indivíduos, das ideias e dessas práticas estariam divergentes dos anseios do povo.

Está sendo disseminado de uma forma assustadora, o medo ao ver que a nossa liberdade está sendo defendida por pessoas de fora do País. Recentemente o empresário Elon Musk, em defesa dos seus interesses e longe das garras da “justiça” atual, resolveu contar para o mundo o tipo da justiça que vem sendo praticada no Brasil.

Vergonha! Vergonha para um País com mais de 200 milhões de habitantes e acovardado, submisso por meia dúzia de autoridades que, não representam os interesses da maioria dos brasileiros. Parodiando Manoel Bandeira, “Vou-me embora pra Passargada, aqui não sou feliz” E complemento: Lá não existe a aventura de modo inconsequente, de uma justiça louca e demente, que vem ser contraparente do Presidemente que faz o povo infeliz.

Caros amigos e amigas desculpem esse autentico assassinato da belíssima poesia de Manoel Bandeira, “Vou-me embora pra Passargada” mas é assim que me sinto no Brasil atual, ao conviver com uma justiça capenga a serviço da política partidária, sustentando um governo que usa o sofisma de chamar a compra de congressista de “emenda parlamentar”. Desculpem, mas é “pra lamentar” o que está acontecendo em nosso País.

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Hiram Souza

Publicitário de longa data e observador contumaz da vida, Hiram escreve com humor e leveza sobre Política, Comportamento, Educação e muito mais. Leia e comente!