A MAIOR DA TRAGÉDIA É A FALTA CARÁTER.

Hiram Souza
3 min readMay 27, 2024

Acima, a manchete do jornal A Epoca, datado de 11 de maio de 1941. Caros leitores, tendo preferencias políticas ou não, é visível que a desgraça acorrida no Rio Grande do Sul trouxe para o nosso cotidiano a falta de caráter, de dignidade e até de piedade para com a população daquela região. Milhares de pessoas que quase perderam a vida, desabrigadas, com frio, com fome, com perdas inestimáveis, porque o efeito moral do acontecido deve trazer consigo um brutal sentimento de insegurança, de abalo à sanidade e sobretudo, um sentimento preocupante com a sobrevivência, pois muitos se foram.

Procure se colocar no lugar de quem, em poucas horas, perdeu tudo que tinha, casa, carro, amigos e familiares. No caso dos agricultores então, muito pior foram máquinas equipamentos e mais que máquinas, o próprio solo que deve ficar inútil por algum tempo. Precisamos lembrar que o plantio tem meses certos para: tratamento do solo, para semear, adubar e todo o trabalho prévio ao plantio.

Gente, está sendo uma grande desgraça não só para os gaúchos, mas para todos os brasileiros. As consequências para a economia, imagino eu, serão drásticas para aquele Estado e também, para o Brasil como um todo. O grau de solidariedade demostrada pelos brasileiros de todos os níveis e de todos os recantos, dos mais humildes, doando roupas, alimentos, até os mais ricos, colocando à disposição aeronaves de diversos portes, embarcações de jet-skis a lanchas, todos agindo e interagindo para ajudar o próximo.

Desculpem, mas preciso lembrar que boa parte dessa desgraça tem o dedo dos políticos que administraram o Estado e suas respectivas prefeituras ao longo dos últimos 30 anos. O Rio Grande do Sul é 4º. Estado com mais prefeitos do PT. Lembrem ainda que Porto Alegre durante muito tempo teve ilustres figuras do PT, como prefeitos: Olivio Dutra com seu bigode, Tarso Genro, que deixou de saldo uma deputada de esquerda e o Raul Pont que tinha por habito “fazer consultas populares” quando seus polêmicos projetos esbarravam no bom senso.

Alguns gaúchos realmente têm culpa no cartório, por desleixo, ou por não levarem a sério as recomendações feitas por governos que realmente se interessaram pelos históricos problemas das enchentes no Rio Grande do Sul. Projetos foram feitos e implantados desde os tempos da revolução para uns ou golpe para outros.

Nos dias atuais, mesmo vendo esse verdadeiro mar de gente boa, com espirito altruísta, ajudando do jeito que lhes é possível, não podemos deixar de ver também os “mau caráter” de sempre. Os aproveitadores, alguns fantasiados de políticos, outros de benfeitores que se aproveitam da desgraça alheia. Além é claro dos bandidos convencionais e traficantes, existem também os ladrões que não têm nenhuma preocupação com o quer que seja. Para esse tipo de gente a vida é um vale tudo. Assim, tipo coveiro que rouba o dente de ouro do enterrado.

Dessa categoria de gente, tipo coveiro, não podemos esperar outro tipo de atitude, mas quando a canalhice vem com mandato junto, aí sim, isso me deixa muito irritado, decepcionado mesmo. Aliás, muito p&$#to da vida com o ser humano que estamos permitindo que cresça por aqui. É de chorar, porque evidencia que todo o processo político eleitoral brasileiro é uma fraude das mais comezinhas, lixo que a legislação vigente permite, com sólido apoio dos que têm mandato.

Em respeito ao povo gaucho, no artigo desta segunda não temos fotos. Rever a desgraça aliada a irresponsabilidade é muito triste.

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Hiram Souza

Publicitário de longa data e observador contumaz da vida, Hiram escreve com humor e leveza sobre Política, Comportamento, Educação e muito mais. Leia e comente!